A construção da categoria política Sem Terra
DOI:
https://doi.org/10.46269/3214.141Palavras-chave:
Sem Terra, Categoria Política, Reforma Agrária, Terra Livre, Latifúndio.Resumo
O presente trabalho busca oferecer uma interpretação a respeito do surgimento da categoria política sem terra no Brasil. Utilizou-se como escopo documental, de onde se tirou grande parte do material analisado, as edições do jornal Terra Livre, publicadas entre 1954 e 1964. Por meio da ferramenta utilizada para buscar palavras contida no site (www.armazemmemoria.com.br) onde se encontram digitalizadas as edições do Terra Livre, buscou-se as palavras sem terra, ocupação, invasão e acampamento. A partir da análise dos resultados da busca, concluiu-se que essa categoria política foi forjada pelos movimentos sociais na luta por reforma agrária ainda nos anos 1950 em oposição ao latifúndio compreendido tanto como modelo produtivo, quanto como unidade política.
Referências
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 4a edição. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
CANEIRO, Ana; CIOCCARI, Marta. Retrato da Repressão Política no Campo – Brasil 1961-1985 - Camponeses torturados, mortos e desaparecidos. 2a Edição. Brasília: MDA, 2011.
COSTA, Luiz F. C. (org.). O Congresso Nacional Camponês (Belo Horizonte, 1961): Trabalhadores rurais no processo político brasileiro. Rio de Janeiro: Mauad X; Edur, 2010.
ECKERT, Cordula. Movimento dos Agricultores Sem Terra do Rio Grande do Sul: 1960-1964. Rio de Janeiro, Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 1984.
FERREIRA, Juliana G. O. A luta agrorreformista da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA) – 1964-1974. Dissertação (mestrado) - Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2013.
MACEDO, M.; ROSA, M.; SIGAUD, L. Ocupações de terra, acampamentos e demandas ao Estado: uma análise em perspectiva comparada. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 51, n. 1, p. 107-142, 2008.
MARTINS, José de Souza. Expropriação e violência: a questão política no campo. São Paulo: Editora Hucitec, 1980.
MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. As lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. 2a edição. Petrópolis: Vozes, 1983.
MEDEIROS, Leonilde S. Reforma agrária: concepções, controvérsias e debates. Cadernos RIAD, Rio de Janeiro, IBASE, 1994.
MEDEIROS, Leonilde S. Lavradores, trabalhadores agrícolas, camponeses: os comunistas e a constituição de classes no campo. Campinas, Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 1995.
MEDEIROS, Leonilde S. “Sem terra”, “Assentados”, “Agricultores familiares”: considerações sobre os conflitos sociais e as formas de organização dos trabalhadores rurais brasileiros. In: GIARRACCA, Norma (org.) ¿Una nueva ruralidad en América Latina? Buenos Aires: CLACSO, 2005.
NAVARRO, Zander. “Mobilização sem emancipação” – as lutas sociais do sem-terra no Brasil. In: SANTOS, Boaventura de Sousa (org.). Produzir para viver. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
OLIVEIRA, Ariovaldo de. A agricultura camponesa no Brasi a
ROSA, Marcelo. Reforma Agrária e Land Reform: movimentos sociais e o sentido de ser um sem-terra no Brasil e na África do Sul. In: Caderno CRH, Salvador, v.25, n. 64, p. 99-114. jan./ abr. 2012.
THOMPSON, E.P. A formação da classe operária inglesa. Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Ramon Torres Araujo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Procedimentos para o envio dos manuscritos
Ao enviar seu manuscrito o(s) autor(es) está(rão) automaticamente: a) autorizando o processo editorial do manuscrito; b) garantindo de que todos os procedimentos éticos exigidos foram atendidos; c) compartilha os direitos autorais do manuscrito com a revista Áskesis; d) admitindo que houve revisão cuidadosa do texto com relação ao português e à digitação; título, e subtítulo (se houver) em português; resumo na língua do texto, com as mesmas características; palavras-chave inseridas logo abaixo do resumo, além de keywords para o abstract; apresentação dos elementos descritivos das referências utilizadas no texto, que permitam sua identificação individual; observação das normas de publicação para garantir a qualidade e tornar o processo editorial mais ágil.
Ao submeter o manuscrito deve ser informado (no portal SEER) nome, endereço, e-mail e telefone do autor a contatar e dos demais autores. Forma de Apresentação dos Manuscritos O título deverá ser apresentado em português e inglês.
A apresentação dos originais deverá seguir as normas da Revista Áskesis e, quando não contempladas, seguir as normas atualizadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Recomenda-se a consulta principalmente às normas NBR 10.520/02 – Citações em documentos; NBR 6024/03 – Numeração progressiva das seções de um documento; NBR 6023/02 – Referências; NBR 6028/03 – Resumos; NBR 6022/03 –Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação. Nota: Os resumos que acompanham os documentos devem ser de caráter informativo, apresentando elementos sobre as finalidades, metodologia, resultados e conclusões do estudo.
Figuras, tabelas, quadros, etc., devem ser apresentadas uma em cada página, acompanhadas das respectivas legendas e títulos. As figuras e tabelas não devem exceder 17,5 cm de largura por 23,5 cm de comprimento. Devem ser, preferencialmente, elaboradas no Word/Windows. Não serão aceitas figuras gráficas com cores ou padrões rebuscados que possam ser confundidos entre si, quando da editoração da revista. Se aceito, as figuras e tabelas devem ser enviadas separadamente, via e-mail, para o precesso de diagramação, com suas respectivas legendas explicativas.