O Brasil precisa ser uma grande Barra Longa
DOI:
https://doi.org/10.46269/9ee20.522Palavras-chave:
conflito socioambiental; pandemia; enfrentamento; Covid-19.Resumo
Pouco mais de 5 mil habitantes, esseé o tecido social da cidade de Barra Longa – MG. Uma comunidade atravessada por um crime socioambiental sem precedentes na história do Brasil.Mas esta não é, apenas, a narrativa de um crime contra a vida, é tambéma evidência de como a organização coletiva de uma comunidade pode salvar da desesperança mais violenta e produzir uma sociabilidade outra. Martins (2000) nos provoca a colocar aquilo que é liminar como referência de compreensão sociológica;amparado nisso, buscou-se dar visibilidade à produção de existência daqueles que estão à margem para pensar alguns dos muitos adoecimentos crônicos da sociedade brasileira em paralelo àsituação aguda que se impõe com a pandemia da Covid-19. Convidamos à interlocução sobre um Brasil que precisa ser resistente à gravidade do mundo, coletivamente atuante, largamente solidário e absolutamente crítico às “normalidades” do nosso tempo, tem de ser, portanto, uma grande Barra Longa. O objetivodas reflexões aqui articuladas é ampliar as alternativas de amanhãs mesmo diante do pessimismo mais tentador.
Referências
ASSESSORIA TÉCNICA E EDUCACIONAL MEIO AMBIENTE E BARRAGENS. Projeto de Assessoria para Elaboração e Validação de Matriz de Danos junto aos Atingidos pela Barragem de Fundão (Barra Longa/MG). Rio de Janeiro, 2019.
BOURDIEU, Pierre. Poder simbólico. Portugal/Brasil: Difel/Bertrand, 1989.
CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Nova Cultura, 2002.
FAVRET-SAADA, Jeanne. Ser afetado. Tradução de Paula de Siqueira Lopes. Cadernos de Campo, n.13, p. 155-161, 2005.
FARGE, Arlete. Lugares para a História. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.
GUEDES, André Dumans. Andaça, agitação, luta, autonomia, evolução: sentidos do movimento e da mobilidade. Revista do Centro de Estudos Rurais (RURIS), vol. 9, n. 1, 10 out. 2015.
MBEMBE, Achille. Necropolítica:biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Arte & Ensaios. Revista PPGAV/EBA/UFRJ, n. 32, dez. 2016.
RIBEIRO, Darcy. Sobre o óbvio. Marília: Lutas Anticapital, 2019.
QUERELAS DO BRASIL. Faixa Musical. Autoria: Aldir Blanc e Maurício Tapajós. Intérprete: Elis Regina. Álbum: Transversal do Tempo. Gravadora: Universal Music, 1978. (3 min.)
VAINER,CarlosBernardo. Conceito de “atingido”: Uma revisão do debate. In: ROTHMAN, Franklin Daniel. Vidas Alagadas – Conflitos Socioambientais, Licenciamento e Barragens. Viçosa: Ed. UFV,p. 39 - 63, 2008.
VIEIRA, Flávia Braga; GHIBAUDI, Javier Walter. Solidariedade como instrumento da luta política:reflexões a partir das resistências populares na Argentina e no Brasil em tempos de pandemia.In: ALMICO, R.; GOODWIN JR, J.; SARAIVA, L. F (orgs.). Na saúde e na doença: história, crises e epidemias. Reflexões da história econômica na época da Covid-19. São Paulo: Hucitec, 2020.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O nativo relativo. Revista Mana, vol. 8, n. 1, p.113-148, 2002.
WEITZMAN, Rodica. Mineiros no Morro dos Prazeres:trajetórias marcadas pelo fluxo entre a roça e a cidade. In: COMERFORD, J.; CARNEIRO, A.; DAINESE, G. (orgs.). Giros etnográficos em Minas Gerais: casa, comida, prosa, festa, política, briga e o diabo. Rio de Janeiro: FAPERJ/7 letras, 2015.
Sites visitados
AFP. Parecia “o fim do mundo”, conta sobrevivente da tragédia de Mariana. Revista Isto É, 03 nov. 2016. Disponível em: https://istoe.com.br/parecia-o-fim-do-mundo-conta-sobrevivente-da-tragedia-de-mariana/. Acesso em: 24 mai. 2020.
Jornal A Sirene. Cartas da Quarentena (entrevista com Simone Silva, moradora de Barra Longa). Disponível em: http://jornalasirene.com.br/cotidiano/2020/05/18/cartas-da-quarentena. Acesso em: 02 jun. 2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Juliana Marques de Sousa, Jennipher Taytsohn, Aline Priscila Craveiro Cardoso
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Procedimentos para o envio dos manuscritos
Ao enviar seu manuscrito o(s) autor(es) está(rão) automaticamente: a) autorizando o processo editorial do manuscrito; b) garantindo de que todos os procedimentos éticos exigidos foram atendidos; c) compartilha os direitos autorais do manuscrito com a revista Áskesis; d) admitindo que houve revisão cuidadosa do texto com relação ao português e à digitação; título, e subtítulo (se houver) em português; resumo na língua do texto, com as mesmas características; palavras-chave inseridas logo abaixo do resumo, além de keywords para o abstract; apresentação dos elementos descritivos das referências utilizadas no texto, que permitam sua identificação individual; observação das normas de publicação para garantir a qualidade e tornar o processo editorial mais ágil.
Ao submeter o manuscrito deve ser informado (no portal SEER) nome, endereço, e-mail e telefone do autor a contatar e dos demais autores. Forma de Apresentação dos Manuscritos O título deverá ser apresentado em português e inglês.
A apresentação dos originais deverá seguir as normas da Revista Áskesis e, quando não contempladas, seguir as normas atualizadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Recomenda-se a consulta principalmente às normas NBR 10.520/02 – Citações em documentos; NBR 6024/03 – Numeração progressiva das seções de um documento; NBR 6023/02 – Referências; NBR 6028/03 – Resumos; NBR 6022/03 –Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação. Nota: Os resumos que acompanham os documentos devem ser de caráter informativo, apresentando elementos sobre as finalidades, metodologia, resultados e conclusões do estudo.
Figuras, tabelas, quadros, etc., devem ser apresentadas uma em cada página, acompanhadas das respectivas legendas e títulos. As figuras e tabelas não devem exceder 17,5 cm de largura por 23,5 cm de comprimento. Devem ser, preferencialmente, elaboradas no Word/Windows. Não serão aceitas figuras gráficas com cores ou padrões rebuscados que possam ser confundidos entre si, quando da editoração da revista. Se aceito, as figuras e tabelas devem ser enviadas separadamente, via e-mail, para o precesso de diagramação, com suas respectivas legendas explicativas.