“Vida preta importa quando a gente tá morta, não quando a gente tá viva”
estética, desejo e constituição de si na cena preta LGBT de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.46269/9120.568Palavras-chave:
Raça, Gênero, Sexualidades, Produção Cultural, Sociabilidade LGBTQI, PeriferiaResumo
O propósito deste artigo é discutir o universo político e criativo das relações em lugares organizados por e para pessoas LGBT negras e ou periféricas na cidade de São Paulo. Para isso, em um primeiro momento, discuto a emergência da cena preta LGBT de São Paulo a partir dos discursos em torno da relação entre arte e política sobre um conjunto de estéticas, lugares e sujeitos identificados como “geração tombamento”, e o enquadramento de uma cena de festas engajadas com redes, estética e códigos próprios. Num segundo momento trago algumas notas etnográficas do trabalho de campo realizado em um baile funk LGBT e periférico onde se produzem ambientes em que sujeitos negros LGBT podem se afirmar, desajar e se sentir desejados.
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