Depois do descarte
Resistência e o ethos barroco
DOI:
https://doi.org/10.46269/2238-3069.01Palavras-chave:
cana de açúcar, adoecimento, resistência, arte, ethos barrocoResumo
O objetivo deste artigo é apresentar, a partir do conceito de ethos barroco, as estratégias de resistência dos cortadores de cana adoecidos e descartados. As condições de trabalho no corte de cana de açúcar resultam no desgaste da força física e mental dos trabalhadores, que adoecem em decorrência do trabalho, perdem a capacidade laboral e são descartados. A pesquisa qualitativa realizada no Vale do Jequitinhonha/MG mostrou que os trabalhadores carregam em seus corpos, relações e subjetividade as consequências dessa atividade. Uma nova sociabilidade tecida é atravessada pela vergonha, pela destinação à morte social, pela fratura nas relações, processos que não são vivenciados pelos sujeitos passivamente. Aponta-se a Festa de Nossa Senhora do Rosário como uma expressão de resistência.
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