Representações sociais da maternidade solo em adolescentes negras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14244./2238-3069.2023/3

Palavras-chave:

Adolescente negra, Maternidade solo, Representações sociais, Subjetividade, Relações étnico-raciais

Resumo

Partimos do objetivo de identificar as representações sociais da maternidade solo em adolescentes negras. Foram selecionadas seis participantes por amostragem “bola de neve”, cujas entrevistas foram transcritas e seu conteúdo foi analisado de acordo com Bardin. Identificamos ser a maternidade solo representada como responsabilização (quase) total das mães pelos seus filhos, o que lhes gera sobrecargas de ordens financeira, moral, afetiva etc. Salienta-se que essa representação ancorar-se-ia nos padrões sociais que convocam homens e mulheres a assumirem posturas distintas no exercício da maternidade/paternidade. O preterimento como parceiras afetivas e o padrão de discriminação no bojo de famílias brancas contribuem para o quadro de solidão materna de adolescentes negras.

Biografia do Autor

Tamires Giorgetti Costa, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - Unesp, Bauru

Bolsista CAPES de Doutorado (2023) e Mestra em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem UNESP, Bauru (2021). Psicóloga na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDECON) do município de Lençóis Paulista. Membra do Grupo de Estudos e Pesquisa Sexualidade, Educação e Cultura (GEPESEC). Graduada em Psicologia, pela Universidade do Sagrado Coração (2018). Atuou como Psicóloga Escolar Educacional na Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista (2021) e como Psicóloga Social na Instituição "Ação da Cidadania, contra a fome, a miséria e pela vida" (2020-2023). Autora do livro "Sexualidade e o corpo gordo" (2022). Áreas de interesse: Psicologia do desenvolvimento, Aprendizagem e Educação Sexual. 

Elisabete Figueroa dos Santos , Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Possui graduação (2008), mestrado (2011) e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar (2015). Foi bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) durante o mestrado e o doutorado. Em 2014, como parte das atividades de doutoramento e com subsídio FAPESP, fez visita técnica à África do Sul, onde entrevistou poetas e poetisas ativistas dos movimentos literários de Joanesburgo, Cidade do Cabo e Pretória. Foi pesquisadora do Instituto AMMA Psique e Negritude (2022-2023), no âmbito do projeto de pesquisa multicêntrico "Relações étnico-raciais e primeira infância: aspectos psicossociais, educacionais e culturais". Atualmente, é professora do Departamento de Psicologia Educacional - DEPE/UNICAMP. É vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas "Diferenças e Subjetividades em Educação" da Faculdade de Educação/UNICAMP. Tem experiência na área de Psicologia Social e Psicologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: relações étnico-raciais, relações de gênero, movimentos de resistência, epistemicídio, africanidades e refúgio. 

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Publicado

2024-03-08

Edição

v. 12 n. 1 (2023): Mulheres às margens e em luta por estratégias cotidianas de sobrevivência

Seção

Dossiê

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