“Vivir en la Frontera”
A identidade como trânsito
DOI:
https://doi.org/10.14244./2238-3069.2023/16Palavras-chave:
Fronteiras, Identidades, Interseccionalidades, GêneroResumo
O presente trabalho visa explorar de maneira crítica a ideia da identidade como algo fixo, através das metáforas dos trânsitos e das fronteiras, sejam elas do estado-nação, das dinâmicas culturais, de raça, gênero e outros campos construídos a partir de processos sócio-históricos. Acreditamos na potencialidade de pensar em termos de fluxos, relações, devires e trânsitos para, dessa forma, compreender as identidades dentro de determinados discursos e relações de poder. A partir disso, acionamos autores como Avtar Brah, Lélia Gonzalez, Achille Mbembe, Stuart Hall e Guacira Louro, em revisão bibliográfica, para abordar as formas pelas quais o estar em trânsito fornece mecanismos para a compreensão dos processos de reificação de identidades; estabelecimento de opressões e a possibilidade de romper com essas mesmas opressões que operam na e pela constituição de fronteiras.
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