Segregações urbanas e resistências culturais na periferia do Programa “Minha Casa, Minha Vida” em Sertãozinho/SP
DOI:
https://doi.org/10.14244./2238-3069.2023/26Palavras-chave:
Programa Minha Casa Minha Vida; segregação socioespacial; sociabilidades; lugar.Resumo
Este trabalho apresenta reflexões sobre a realidade dos moradores que vivem nas periferias formadas pelo Programa “Minha Casa, Minha Vida” na cidade de Sertãozinho, interior de São Paulo. Fazendo uso de dados coletados em uma etnografia, o texto apresenta a importante presença da Associação “Cabeça di Nego” nos bairros periféricos da cidade, realizando projetos que fortalecem a formação cultural de crianças e adolescentes. Essa atuação se destaca quando constatado que as famílias desses territórios são pouco assistidas pelo poder público. Nesse sentido, elas encontram representatividade e mediação na Associação para suas demandas. Como exemplo desse vínculo, o trabalho apresenta a parceria entre a Associação e a liderança de um dos bairros que colaboraram com a ação social para o Dia das Crianças. Através dessa amostra, o artigo colabora para a compreensão das realidades e das resistências por aqueles que vivem às margens da cidade.
Palavras-chave: Programa Minha Casa Minha Vida. Segregação Socioespacial. Sociabilidades. Lugar.
Referências
Amore, C. S.; Shimbo, L. Z.; Rufino, M. B. C. (Orgs.). Minha casa… e a cidade? Avaliação do programa Minha Casa Minha Vida em seis estados brasileiros. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015.
Breda, T. V. Articulações entre a produção do espaço urbano e a gestão do social Agentes e escalas na produção do PMCMV em São Carlos/SP. (Dissertação de Mestrado em Sociologia). Universidade Federal de São Carlos, 2018.
Cardoso, A. L.; Aragão, T. A.; Jaenisch, S. T. 22 anos de política habitacional no Brasil: da euforia à crise. 1. ed. Rio de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Metrópoles, 2017.
Carlos, A. F. A. A (re)produção do Espaço Urbano. São Paulo: Edusp, 2008.
Coury, B. S. Centralização de capital e “crise” do setor sucroenergético: especialização funcional e economia política da cidade de Sertãozinho (SP). (Monografia em Geografia). Universidade Estadual Paulista- Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, SP, 2016.
Fundação João Pinheiro. Déficit habitacional no Brasil em 2008: Resultados preliminares. Relatórios de Pesquisa, Brasília, 2011.
Grazia, G. de; Mello, I. de Q. Uma avaliação do trabalho social do Programa Minha Casa Minha Vida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. In: A. L. Cardoso, T. A. Aragão, & S. T. Jaenisch (Orgs.). 22 anos de política habitacional no Brasil: da euforia à crise. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2017.
Lefebvre, H. O direito à cidade. 5ª ed. São Paulo: Centauro, 2001.
Magnani, J. G. C. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 17, n. 49, p. 11-29, 2002.
Mayol, P. Morar. In: Certeau, M.; Giard, L.; Mayol, P. A invenção do cotidiano: 2. morar, cozinhar. Trad. Ephraim F. Alves e Lucia E. Orth. Petrópolis: Vozes, 1996.
Santos, M. O espaço do cidadão 7ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2020.
Santos, V. V. P. dos. Viver em condomínios verticais do Programa “Minha Casa, Minha Vida” na periferia de Curitiba-PR: pós-ocupação, trajetórias e sociabilidade. (Dissertação de Mestrado em Sociologia). Universidade Federal do Paraná, 2017.
Souza, N. S. de. As sociabilidades possíveis em conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV): o caso de Viçosa – MG. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa. 2015.
TRONTO, R. Cultura e espaço: identidade e território na formação de um arranjo produtivo local potencial em Sertãozinho-SP. (Dissertação de Mestrado em Geografia), Universidade Estadual Paulista — Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, SP, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Marina Urizzi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Procedimentos para o envio dos manuscritos
Ao enviar seu manuscrito o(s) autor(es) está(rão) automaticamente: a) autorizando o processo editorial do manuscrito; b) garantindo de que todos os procedimentos éticos exigidos foram atendidos; c) compartilha os direitos autorais do manuscrito com a revista Áskesis; d) admitindo que houve revisão cuidadosa do texto com relação ao português e à digitação; título, e subtítulo (se houver) em português; resumo na língua do texto, com as mesmas características; palavras-chave inseridas logo abaixo do resumo, além de keywords para o abstract; apresentação dos elementos descritivos das referências utilizadas no texto, que permitam sua identificação individual; observação das normas de publicação para garantir a qualidade e tornar o processo editorial mais ágil.
Ao submeter o manuscrito deve ser informado (no portal SEER) nome, endereço, e-mail e telefone do autor a contatar e dos demais autores. Forma de Apresentação dos Manuscritos O título deverá ser apresentado em português e inglês.
A apresentação dos originais deverá seguir as normas da Revista Áskesis e, quando não contempladas, seguir as normas atualizadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Recomenda-se a consulta principalmente às normas NBR 10.520/02 – Citações em documentos; NBR 6024/03 – Numeração progressiva das seções de um documento; NBR 6023/02 – Referências; NBR 6028/03 – Resumos; NBR 6022/03 –Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação. Nota: Os resumos que acompanham os documentos devem ser de caráter informativo, apresentando elementos sobre as finalidades, metodologia, resultados e conclusões do estudo.
Figuras, tabelas, quadros, etc., devem ser apresentadas uma em cada página, acompanhadas das respectivas legendas e títulos. As figuras e tabelas não devem exceder 17,5 cm de largura por 23,5 cm de comprimento. Devem ser, preferencialmente, elaboradas no Word/Windows. Não serão aceitas figuras gráficas com cores ou padrões rebuscados que possam ser confundidos entre si, quando da editoração da revista. Se aceito, as figuras e tabelas devem ser enviadas separadamente, via e-mail, para o precesso de diagramação, com suas respectivas legendas explicativas.