Segregações urbanas e resistências culturais na periferia do Programa “Minha Casa, Minha Vida” em Sertãozinho/SP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14244./2238-3069.2023/26

Palavras-chave:

Programa Minha Casa Minha Vida; segregação socioespacial; sociabilidades; lugar.

Resumo

Este trabalho apresenta reflexões sobre a realidade dos moradores que vivem nas periferias formadas pelo Programa “Minha Casa, Minha Vida” na cidade de Sertãozinho, interior de São Paulo. Fazendo uso de dados coletados em uma etnografia, o texto apresenta a importante presença da Associação “Cabeça di Nego” nos bairros periféricos da cidade, realizando projetos que fortalecem a formação cultural de crianças e adolescentes. Essa atuação se destaca quando constatado que as famílias desses territórios são pouco assistidas pelo poder público. Nesse sentido, elas encontram representatividade e mediação na Associação para suas demandas. Como exemplo desse vínculo, o trabalho apresenta a parceria entre a Associação e a liderança de um dos bairros que colaboraram com a ação social para o Dia das Crianças. Através dessa amostra, o artigo colabora para a compreensão das realidades e das resistências por aqueles que vivem às margens da cidade.


Palavras-chave: Programa Minha Casa Minha Vida. Segregação Socioespacial. Sociabilidades. Lugar.

Biografia do Autor

Marina Urizzi, Universidade de São Paulo - USP

Mestra em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2024-07-08