Política macroeconômica e mercados financeiros: o jogo de credibilidade e a dívida pública no contexto da eleição do governo Lula (2002-2003)
DOI:
https://doi.org/10.46269/4115.22Abstract
Este artigo busca fornecer algumas pistas analíticas que permitam clarificar o modo como o Estado brasileiro e suas finanças se articulam com o capital financeiro. Não se trata de buscar explicações gerais, mas, antes, de compreender o padrão de interação que foi sendo construído no Brasil a partir do regime militar e que foi se modificando ao longo do tempo, a culminar no padrão pós Plano Real. A maneira de captar a interação entre as finanças do Estado e as finanças privadas é analisar a política econômica estatal naquilo que se tornou essencial no período pós estabilização monetária: a política fiscal e a política monetária. A preocupação que orienta a análise é a de captar o sentido político da política econômica e o papel que a dívida pública exerceu nos períodos em questão. Uma longa reconstrução histórica é feita com o objetivo de iluminar os caminhos que levaram ao plano de estabilização monetária e, posteriormente, à eleição de Lula, buscando clarificar as dificuldades que este governo enfrentou para empreender uma ruptura no padrão de política econômica herdado.
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