Affectivity, Group Process, and 'Aquilombamento' as Care Technologies in an Anti-racist Gender Perspective

Authors

DOI:

https://doi.org/10.14244./2238-3069.2023/4

Keywords:

Affectivity, intersectionality, aquilombamento, Care, Racism

Abstract

This research originates from the category of affectivity as a transformative agent, considering the importance of encompassing the affective experience of Black women with the intention of producing knowledge that effectively addresses the demands in a racialized healthcare project and from a gender perspective. It is a case study involving a healthcare group with Black women. Throughout the process, we identified some central dimensions that express demands and dynamics experienced by women, such as: loneliness, beauty standards, cis-heterosexism, the need for belonging, discrimination and racism, the circulation of the Black body in spaces, history and family cycles, representation, identification, as well as care possibilities in the face of state violence. In light of the study processes, there is a recognition of the urgency of quilombadas care technologies, affirming the existence and power of women and the Black community.

Author Biographies

Mariana Xavier Ortega, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP

Graduação em andamento em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP.

Beatriz Borges Brambilla, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP

Psicóloga (CRP-06/98.368). Doutora em Psicologia Social (PUC/SP). Mestra em Psicologia da Saúde (UMESP). Professora da Graduação em Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Desenvolvimento e Políticas Públicas da Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). Coordenadora do Curso de Aprimoramento Clínico-Institucional em Clínica da Sexualidade e Gênero, Segundo a Perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica (PUC-SP). Tutora do Programa de Educação Tutorial (PET/Psicologia), sendo bolsista do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, no âmbito do Ministério da Educação (FNDE/MEC). Professora Colaboradora do Ministério da Justiça e Segurança Pública, junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública, no Curso Nacional de Atendimento à Mulher em Situação de Violência no âmbito do Sistema Único de Segurança Pública. 

Edna Maria Severino Peters Kahhale, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975), mestrado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (1986) e doutorado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (1993). Atualmente é pesquisadora, professora associada e coordenadora do LESSEX (Laboratório de Estudos de Saúde e Sexualidade), Núcleo de Estudos Avançados em Psicossomática, Pós Graduacao em Psicologia Clinica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Lider do grupo CNPq "Psicossomática e Psicologia Hospitalar" certificado pela universidade.

References

AGUIAR, Fernando. Método Clínico: Método Clínico?. Psicologia: Reflexão e Crítica [online]. 2001, v. 14, n. 3 [Acessado 22 Agosto 2022] , pp. 609-616. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-79722001000300016>. Epub 24 Maio 2005. ISSN 1678-7153. https://doi.org/10.1590/S0102-79722001000300016.

AHMED, Sarah. Viver uma vida feminista. São Paulo: Editora Ubu, 2022.

AHMED, Sarah. Selfcare as Warfare. [Online] l. Disponível em: https://feministkilljoys.com/2014/08/25/selfcare-as-warfare/. Acesso em: 16 set. 2032.

ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino. A Psicologia no Brasil: um ensaio sobre suas contradições. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2012, v. 32, n. spe [Acessado 16 Fevereiro 2022] , pp. 44-65. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500005>. Epub 08 Nov 2012. ISSN 1982-3703. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500005

BRAMBILLA, Beatriz Borges; KAHHALE, Edna Peters; MONTREOZOL, Jeferson Renato; ROCHA, Renan Vieira de Santana. Políticas e práticas de atenção social aos adoecimentos da vida contemporânea: tecituras de uma clínica sócio-histórica em psicologia. in: políticas e práticas de atenção social aos adoecimentos da vida contemporânea: diálogos e reflexões em pesquisa. [S. l.: s. n.], 2021. p. 8-23. <https://doi.org/10.29327/531413.1-1>.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra : uma política para o SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. – 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013.

BOCK, Ana Mercês Bahia. A Psicologia a caminho do novo século: identidade profissional e compromisso social. Estudos de Psicologia (Natal), v. 4, n. 2, p. 315-329, 1999

COLLINS, Patricia Hill. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, v. 5, n. 1, p. 6-17, 2017.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista estudos feministas, v. 10, p. 171-188, 2002.

DAVID, E. C. . Aquilombar a cidade: território, raça e produção de saúde em São Paulo. REVISTA DO CENTRO DE PESQUISA E FORMAÇÃO , v. n.10, p. 5-394, 2020.

DUTRA, Elza. Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade. Estudos de Psicologia (Natal) [online]. 2004, v. 9, n. 2 [Acessado 16 Fevereiro 2022] , pp. 381-387. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-294X2004000200021>. Epub 15 Jun 2005. ISSN 1678-4669. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2004000200021.

FAUSTINO, D. Reflexões indigestas sobre a cor da morte: as dimensões de classe e raça da violência contemporânea. In: FEFFERMANN, M. et al (org.). As interfaces do genocídio: raça, gênero e classe. São Paulo: Instituto de Saúde, 2018. Cap. 6. p. 141-158.

FRANCO, T.B.; GALAVOTE, H.S. Em busca da clínica dos afetos. In: FRANCO, T.B.; RAMOS, V.C. (Orgs.). Semiótica, afecção e cuidado em saúde. São Paulo: Hucitec, 2010. p.176-99.

FRANCO, Túlio Batista; MERHY, Emerson Elias. O reconhecimento de uma produção subjetiva do cuidado. Trabalho, produção do cuidado e subjetividade em saúde: textos reunidos. São Paulo Hucitec, 2013, v. 1, p. 151-171, 2013.

GONZALEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira. In: LUZ, Madel (org.) O lugar da mulher: estudos sobre a condição feminina na sociedade atual. Rio de Janeiro: Graal, 1982, p. 87-104.

GOUVEIA, R. P. . Trabalho, Gênero e Saúde Mental: contribuições para a profissionalização do cuidado feminino. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2018. v. 1. 222p .

GOUVEIA, R. P.. Mulheres negras, sofrimento e cuidado colônia. In: EM PAUTA, Rio de Janeiro n. 45, v. 18, p. 116 – 129, 2019.

HOOKS, bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Editora Elefante, 2021. 272 p.

HOOKS, bell. Vivendo de Amor. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/vivendo-de-amor/>2010.

KAHHALE, E. M. S. P.; MONTREOZOL, J. R. A clínica na Psicologia Sócio - Histórica: uma abordagem dialética. In TOASSA, Gisele; SOUZA, Tatiana Machiavelli Carmo; RODRIGUES, Divino de Jesus da Silva. (orgs): Psicologia Sócio-Histórica e desigualdade social: do pensamento à práxis. 1a ed.Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, v.1, p. 191-211, 2019a.

KAHHALE, E. M. S. P; COSTA, C. M. A; MONTREOZOL, J. R. A clínica psicológica: da tradição alienante à potência sócio-histórica do sujeito. Rev. Psicol. Polít. vol.20 no.49 São Paulo set./dez. , p. 702-718, 2020.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogá, 2019.

LORDE, Audre. Não existe hierarquia de opressão. In: Sou sua Irmã. 1. ed. [S. l.]: Ubu, 2020. p. 63-65.

LORDE, Audre. Sou sua irmã. [s.l.] Ubu Editora, 2020.

MARTÍN-BARÓ, I.. O papel do Psicólogo. Estudos de Psicologia (Natal), v. 2, n. 1, p. 7–27, jan. 1997.

NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo: Documentos de uma militância Pan-Africanista. São Paulo: ed. Perpectiva. 2019.

NASCIMENTO, Beatriz. Uma história escrita por mãos negras: relações raciais, quilombos e movimentos. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2021. 271 p.

NASCIMENTO, Larissa Silva; SANTOS, Michelle dos. A Linguagem da Mulher Negra: Vozes que transcendem o Silenciamento.In: Água Viva. Volume 3, Número 3, Edição Especial, 2018

PARADIS, Clarisse Goulart. A tradução do pensamento de Angela Davis para o Brasil: por uma história das origens interseccionais do feminismo. 2020.

PRESTES, Clélia Rosane dos Santos. Estratégias de promoção da saúde de mulheres negras: interseccionalidade e bem viver. Tese (Doutorado em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. doi:10.11606/T.47.2018.tde-14112018-184832. Acesso em: 2022-03-10.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. 2000.

REY, Fernando González. Subjetividade e saúde: superando a clínica da patologia / Fernando González Rey . São Paulo: Cortez, 2011 - (Coleção construindo o compromisso social da psicóloga/coordenadora Ana Maria Mercês Bock). Cap 5

GONZÁLEZ-REY, F. L. La afectividad desde una perspectiva de la subjetividad. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 15, p. 127-134, 1999. HARAWAY, D. " Gênero" para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cadernos pagu, p. 201-246, 2004.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o "encardido", o "branco" e o "branquíssimo": raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. 2012. Tese (Doutorado em Psicologia Social) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. doi:10.11606/T.47.2012.tde-21052012-154521.

SMEHA, Luciane Najar. Aspectos epistemológicos subjacentes a escolha da técnica do grupo focal na pesquisa qualitativa. Revista de Psicologia, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 260-268, 2009.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Zahar. 2021.

TOASSA, Gisele. Emoções e vivências em Vigotski: investigação para uma perspectiva histórico-cultural, São Paulo, 2009.

VIGOTSKI, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

ZANELLO, Valeska M. Loyola. Saúde Mental, Gênero e Dispositivos: Cultura e Processos de Subjetivação. 1. ed. Curitiba: Appris Editora, 2018. 301 p.

Published

2024-03-08