Transformações das diferenças e a construção de vocabulários políticos
Uma entrevista com Silvia Aguião
DOI:
https://doi.org/10.14244./2238-3069.2023/30Palavras-chave:
entrevista, silvia aguião, gênero, raça, sexualidadeResumo
A presente entrevista ocorreu em uma tarde de terça-feira, quando eu e a antropóloga Silvia Aguião nos encontramos por uma chamada de vídeo, que possibilitou que conversássemos de lugares tão distantes. Atualmente, Silvia se encontra no Maranhão, onde leciona na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), também é pesquisadora associada do Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial (AFRO-CEBRAP) e do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/UERJ). Por outro lado, eu estava em São Carlos, onde curso o mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Durante pouco mais de uma hora, dialogamos sobre sua trajetória de pesquisa, que teve início em sua graduação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), momento em que se interessava por compreender relações de mestiçagem. Discutimos como gênero, raça e sexualidade e outras categorias das diferenças têm produzido efeitos teórico-analíticos-epistemológicos e se transformado com o passar do tempo, ao passarmos pela sua dissertação de mestrado e sua tese de doutorado, que completa dez anos de publicação neste ano. Discutimos o lugar da Universidade enquanto produtora de conhecimento e como as pesquisas, sejam elas “engajadas” ou não, produzem efeitos no mundo social. Também falamos dos efeitos da entrada de “novos sujeitos” na Universidade Pública, por conta das políticas de Ação Afirmativa, além da intensificação dos conservadorismos no Brasil nos últimos anos, até discutirmos seus projetos futuros.
Referências
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